o gato no sofá , o abajur solitário, o cigarro queimando no cinzeiro, um filme preto-e-branco sem som , eu a escrever em folhas amassadas pelos corpos ...
jogados ao chão misturavam-se os escritos e nós , os escritos sobre nós , que escrevi para nós , sobre as horas em que fomos simplesmentes nós ;
nós atados .
as horas em que o relógio não era capaz de contar . o tempo era sempre nosso .
e agora consome-se o tempo em ausência de corpo e sensibilidade e sentimento .
um beijo seco na Consolação , sem palavras mas ainda assim dizendo :
- não .
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