segunda-feira, novembro 15, 2010

é o ápice da paranóia psicológica.
aquilo ali que se aproxima não é nada normal, é algo do mal.

esse copo tem gosto de ressaca. e o mal-estar se concentra no estômago, e a cabeça se concentra no caminho fétido e vazio do calçadão.
estava tão longe de casa que se sentia pior. os braços cruzados, abraçando o próprio corpo.
uma frase não lhe sai da cabeça:

" por me deixar respirar, por me deixar existir... "

o amargo, o enjoo, o líquido amarelo subindo e descendo pela garganta, o cinzeiro transbordando, cheio, talvez seja a hora de se deitar entre estes lençóis sujos...
e de se entregar a sargeta, acordar na valeta, com as garrafas ao chão.