é o ápice da paranóia psicológica.
aquilo ali que se aproxima não é nada normal, é algo do mal.
esse copo tem gosto de ressaca. e o mal-estar se concentra no estômago, e a cabeça se concentra no caminho fétido e vazio do calçadão.
estava tão longe de casa que se sentia pior. os braços cruzados, abraçando o próprio corpo.
uma frase não lhe sai da cabeça:
" por me deixar respirar, por me deixar existir... "
o amargo, o enjoo, o líquido amarelo subindo e descendo pela garganta, o cinzeiro transbordando, cheio, talvez seja a hora de se deitar entre estes lençóis sujos...
e de se entregar a sargeta, acordar na valeta, com as garrafas ao chão.
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