segunda-feira, outubro 28, 2013

terapia.

mas ah,
pediram que eu buscasse a resposta no amago do meu espirito. pediram que eu resolvesse minha vida, como se me pedissem um café, como se me pedissem um abraço.
e olha,
acharam que tudo seria assim, tão fácil. e eu abri a boca, e solucei diante do embaraço, diante do doutor que apenas escrevia no prontuário.
soluçando, não conseguindo mais concluir uma frase. tudo saia e soava desesperado e sem nexo. não me admira que ele somente escrevesse enquanto eu falava de coisas que jamais lhe foram mencionadas.
nós nunca saberemos o que se passa na cabeça de um médico psiquiatra plantonista do sus. taí. o grande mistério de tudo e uma coisa que muito me irrita.
me dê os remédios e vá para seu horário de almoço.
não.
"paciente necessita de terapia."

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